terça-feira, 1 de abril de 2025

Claude Debussy (1862-1918) - Prélude à l'après-midi d'un faune, L. 86, Nocturnes, L. 98 e Images, L. 122

Já tive dificuldades em ouvir Debussy. Não gostava do sabor da sua música. Hoje, tenho uma admiração desmedida por suas composições. Ainda bem. Amadurecemos. Evoluímos. O universo é muito generoso com a gente. Se não fosse assim, perderíamos a oportunidade de perceber, de crescer, de atentar para fatos e fenômenos. Aprendi a gostar das paisagens, das imagens sinestésicas do compositor. Foi justamente por causa dessa característica, que o compositor revolucionou a linguagem harmônica do século XX.

Neste disco, encontramos três de suas obras orquestrais mais representativas. Faltou só “La Mer” para ficar completo. A primeira delas é “Prélude à l'après-midi d'un faune”, composta em 1894. A obra foi inspirada em poema homônimo de Stéphane Mallarmé. O que chama atenção é a atmosfera sensual e onírica que a obra procura retratar. A melodia conduzida pela flauta que abre a obra cria um cenário de languidez e mistério, enquanto a orquestração rica em cores vai criando as imagens sensuais do poema. Sua linguagem inovadora.

A segunda obra do disco é “Nocturnes”, escrita para orquestra e coro feminino. Cada movimento explora uma atmosfera diferente. É uma obra de grande beleza, de emblemática leveza; há uma riqueza nas texturas. O próprio compositor escreveu a respeito: “O título Noturnos deve ser entendido aqui em um sentido geral e, sobretudo, decorativo. Não se trata, portanto, da forma usual de um noturno, mas das várias impressões e efeitos especiais da luz que a palavra sugere. Nuages (“nuvens”) evoca o aspecto imutável do céu com o movimento lento e melancólico das nuvens, que se dissolvem em tons de cinza com leves toques de branco.  Fêtes (“festas”) trazem o ritmo vibrante, dançante da atmosfera, com lampejos súbitos de luz. Há também o episódio da procissão (uma visão deslumbrante, quimérica), que passa pela cena festiva e se mistura com ela. Mas o pano de fundo permanece sempre o mesmo: o festival com sua mistura de música e poeira luminosa participando do ritmo geral. Sirènes (“sereias”) nos mostra o mar com seus incontáveis ritmos e então, dentre as ondas prateadas pela luz da lua, ouve-se o canto misterioso das Sereias que riem e vão embora”. Os “Noturnos” são do ano de 1899.

A terceira obra do disco é “Images”, escrita entre os anos de 1905 e 1912. É uma obra cuja estrutura é bem audaciosa. Debussy procura explorar um universo sonoro com melodias escocesas (“Gigues”), com a exuberância das cores da música espanhola (“Iberia”) e a leveza primaveril (“Rondes de printemps”).

As três obras são demonstrações da genialidade do compositor. Elas foram responsáveis promover uma revolução na música do século XX. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Claude Debussy (1862-1918) -

01 - Debussy_ Prélude à l'après-midi d'un faune, L. 86
02 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ I. Nuages
03 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ II. Fêtes
04 - Debussy_ Nocturnes, L. 98_ III. Sirènes
05 - Debussy_ Images, L. 122_ I. Gigues
06 - Debussy_ Images, L. 122_ II. Ibéria
07 - Debussy_ Images, L. 122_ III. Rondes de printemps

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente
Mariss Jansons, regente

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segunda-feira, 31 de março de 2025

Peter Philips (1561-1628) - Motets & Madrigaux

Peter Philips foi um dos principais compositores ingleses do período renascentista, destacando-se principalmente na música religiosa. Philips nasceu em Londres em período de forte ebulição religiosa. Esse fato foi responsável por modelar sua trajetória musical. Católico fervoroso que era, o compositor deixou a Inglaterra para evitar perseguições religiosas e passou boa parte de sua vida na atual Bélgica, onde trabalhou como organista e compositor.

Seus motetos são exemplos do estilo polifônico refinado. Inspirado pelos compositores flamengos e italianos, Philips desenvolveu uma escrita contrapontística densa. Seus motetos são peças de grande profundidade espiritual e mostram um grande domínio da técnica.

Philips também compôs madrigais, um gênero secular muito comum e popular no final do século XVI. Seus madrigais apresentam forte influência da tradição italiana e um grande refinamento melódico. A importância do compositor é grandiosa, pois conseguiu reunir a influência de outros compositores que lidavam com a polifonia – Lassus, Palestrina, Victoria – e contribuiu com o estilo polifônico em seu país.  

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Peter Philips (1561-1628) -

01. Non piu guerra
02. Il dolce mormorio
03. Chi vi mira
04. Lasso, non e morir
05. Pavana a la memoire de Lord Pagget
06. Ut, re, mi, fa, sol, la
07. Nov'herbe e vaghi fiori
08. Amarilli (d'apres Giulio Caccini)
09. Voi volete ch'io muoia
10. Baciai per haver vita
11. Tocca, tocca
12. Cantantibus organis
13. Alma redemptoris mater
14. Salve Regina
15. Ave verum corpus
16. Ave Maria
17. Regina caeli laetari
18. Ave regina caelorum
19. Ecce vicit Leo

Cappella Mediterranea
Leonardo García Alarcón, diretor

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Sergei Prokofiev (1891-1953) - Symphony No. 3 in C minor, Op. 44 e Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111

As duas obras encontradas neste disco foram compostas em momentos bem diversos da vida de Prokofiev. São duas obras bem poderosas. A primeira delas, a Sinfonia No. 3, composta em 1928. Neste período, o compositor vivia no Ocidente - França. Havia, em 1927, concluído a ópera “O anjo de fogo”. A obra não chegou a ser encenada. Com as sobras do material, escreveu a espetacular Sinfonia No. 3 em dó menor. Trata-se de um trabalho com uma atmosfera carregada e intensa. A orquestração da obra é poderosa, carregada por harmonias dissonantes. Possui um aspecto sombrio e um forte viés expressionista.

Já a Sinfonia No. 6 foi composta entre os anos de 1945 e 1947, ou seja, logo após o término da 2ª Guerra Mundial. Nesse período, o compositor já se encontrava de volta à União Soviética. Apesar do triunfo da União Soviética no conflito, os humores internos não eram dos melhores. Diferentemente, da 5ª Sinfonia, que possui um clima triunfalista, afirmativo, quase épico, a Sexta é aziaga, reflexiva, tempestuosa. Os três movimentos da obra são repletos de ambivalências.

Historicamente, a Sexta enfrentou problemas com os censores do regime soviético. A obra foi classificada como “formalista”, “pessimista”; ou seja, não atendia aos intentos pedagógicos do regime, que propugnava aquilo que ficou conhecido como realismo soviético.  Esse movimento vigorou entre os anos de 1930 e 1960 e servia para classificar os trabalhos artísticos. Desse modo, a arte e a cultura deveriam estar a serviço dos ideais da revolução; a arte deveria representar a causa dos proletários; e a arte deveria ser afirmativa e ser usada para legitimar a ideia do trabalho duro. As obras artísticas que não fossem medidas por essa régua, eram censuradas e seus autores silenciados ou colocados em um plano marginal perante as autoridades do Partido.

A Sexta, de Prokofiev, era tudo menos isso. É um dos seus trabalhos mais icônicos do compositor. Embora, fizesse referências às perdas resultantes na Guerra, isso não foi o suficiente para agradar as autoridades soviéticas. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação! 

Sergei Prokofiev (1891-1953) -

Symphony No. 3 in C minor, Op. 44
01. I. Moderato
02. II. Andante
03. III. Allegro agitato
04. IV. Andante mosso

Symphony No. 6 in E flat minor, Op. 111
05. I. Allegro moderato
06. II. Largo
07. III. Vivace

Deutsche Radio Philharmonie
Pietari Inkinen, regente

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domingo, 30 de março de 2025

Richard Strauss (1864-1949) - Orchestral Works (CDs 1, 2, 3 & 4 de 9)

Esse material com a música de Richard Strauss é algo extraordinário. Gosto muito das obras do alemão. É possível, por meio desse material, descobrir algumas das obras do compositor que não são tão conhecidas. Dois exemplos são os os concertos para oboé ou violino. Todavia, seus poemas sinfônicos são as obras mais significativas do material e aquelas que o notabilizaram.

Os poemas sinfônicos de Richard Strauss podem ser compreendidos como ricas contribuições ao gênero. Ao escrevê-los, o compositor expandiu a linguagem orquestral ao narrar histórias, emoções,  personagens, por intermédio da música instrumental, sem a necessidade de palavras. Cada um dos poemas sinfônicos apresenta uma narrativa programática, na qual Strauss ilustra musicalmente eventos e conceitos filosóficos, alguns inspirados na literatura e na poesia.

As imagens criadas por Strauss são quase que cinematográficas. Um exemplo pode ser mencionado, por exemplo, em "A Sinfonia Alpina", uma das obras do compositor de que mais gosto. As questões suscitadas na temática da obra são belíssimas e inspiradoras. Strauss elevou o uso da orquestra para explorar seus recursos musicais. Ao elevar o nível técnico, passou a exigir dos instrumentistas um virtuosismo excepcional. Neste disco encontramos quatro de seus poemas sinfônicos. A gravação dessa obras foi realizada nos anos 70 por Rudolf Kempe. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Richard Strauss (1864-1949) -

DISCO 01

01. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -I- Allegro
02. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -II- Andante
03. Horn Concerto No.1 in Eb Op.11 -III- Allegro
04. Horn Concerto No.2 in Eb -I- Allegro
05. Horn Concerto No.2 in Eb -II- Andante con moto
06. Horn Concerto No.2 in Eb -III- Rondo (Allegro molto)
07. Oboe Concerto in D -I- Allegro moderato
08. Oboe Concerto in D -II- Andante
09. Oboe Concerto in D -III- Vivace
10. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -I- Allegro moderato
11. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -II- Andante
12. Duett-Concertino for Clarinet, Bassoon & Strings -III- Rondo

DISCO 02

01. Burleske for piano and orchestra in D minor
02. Parergon zur Sinfonia Domestica, Op. 73 for piano left hand & orchestra
03. Panathenaenzug, Op. 74 - Symphonic studies for piano left hand & orchestra

DISCO 03

01. Till Eulenspiegels lustige Streiche, Op 28
02. Don Juan, Op 20
03. Ein Heldenleben, Op 40 - Der Held
04. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Widersacher
05. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Gefährtin
06. Ein Heldenleben, Op 40 - Thema der Siegesgewißheit
07. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Walstat
08. Ein Heldenleben, Op 40 - Kriegsfanfaren
09. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Friedenswerke
10. Ein Heldenleben, Op 40 - Des Helden Weltflucht und Vollendung
11. Ein Heldenleben, Op 40 - Entsagung

DISCO 04

01. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - I Allegro
02. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - II Lento
03. Violinkonzert d-moll, Op. 8 - III Rondo
04. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Bewegt - Thema I - Thema II - Thema III
05. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Scherzo (Munter)
06. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Wiegenlied - Maessig langsam
07. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Adagio - (Langsam)
08. Sinfonia Domestica, Op. 53 - Finale (Sehr lebhaft)

Staatskapelle Dresden
Rudolf Kempe, regente

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sábado, 29 de março de 2025

Jazz - Herbie Hancock (1940 - ) - My Point Of View (1963)

 

Que disco excelente. Ouvi-o duas vezes ontem e hoje. "My Point Of View" é o segundo álbum de estúdio do compositor Herbie Hancock. Quando o disco foi lançado, seu nome se consolidou como uma das grandes promessas do jazz nos anos 60, já que o disco é de 1963. O disco foi lançado pelo icônico selo Blue Note. Apresenta uma sonoridade sofisticada, típica do músico. 

O álbum conta com uma formação estelar, com Donald Byrd no trompete, Hank Mobley no saxofone tenor, Grachan Moncur III no trombone, Grant Green na guitarra, Chuck Israels no contrabaixo e Tony Williams na bateria – um grupo de músicos talentosos que ajudaram a expandir as ideias musicais de Hancock. 

As faixas do álbum apresentam uma diversidade estilística notável. A abertura, "Blind Man, Blind Man", traz uma forte influência do "rhythm and blues", refletindo o gosto de Hancock pelo "soul" e pelo "groove". "A Tribute to Someone" apresenta uma escrita melódica sofisticada, com harmonias refinadas e solos expressivos. "King Cobra" mergulha em um jazz mais experimental, enquanto "The Pleasure is Mine" exibe uma abordagem mais introspectiva, explorando as possibilidades expressivas do piano. O álbum se encerra com "And What If I Don’t", uma faixa descontraída que evidencia o "swing" e a fluidez do grupo.

"My Point Of View" é muito bom. Ele evidencia Hancock dando demonstrações de que ele estava a consolidar a sua identidade musical. É possível notar sua sensibilidade. O uso de recursos que, mais tarde, por exemplo, seriam utilizados em outros momentos pelo músico, incluindo a sua fase elétrica nos anos de 1970. 

Não deixe de ouvir este sensacional disco. Uma boa apreciação!

01. Blind Man, Blind Man (Hancock) - 8:19
02. A Tribute to Someone (Hancock) - 8:46
03. King Cobra (Hancock) - 6:55
04. The Pleasure Is Mine (Hancock) - 4:05
05. And What If I Don't (Hancock) - 6:34

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Édouard Lalo (1823-1892) - Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21, Camille Saint-Säens (1835-1921) - Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61 e Pablo Sarasate (1844-1908) - Carmen Fantasy, Op. 25

As três obras que aparecem neste disco são ricas contribuições da literatura violinística do século XIX. A primeira delas é a "Sinfonia Espanhola" que, no fundo, não é uma sinfonia propriamente dita. É um híbrido entre a sinfonia e um concerto para violino, refletindo a influência da música espanhola. Lalo compôs em homenagem a Pablo Sarasate, em 1874. A obra se destaca pelo virtuosismo, pela sonoridade exótica e pelo ritmos dançantes. É belíssima!

Já o Concerto No. 3, de Sant-Säens, escrito em 1880, é uma das obras mais importantes do compositor. Diferente das obras anteriores, esse concerto se destaca pela escrita refinada e lírica. Já a Fantasia Carmen, de Sarasate, escrita em 1883, baseia-se na Ópera Carmen, de Bizet. A peça combina certas passagens icônicas da obra de Bizet, com um destaque eletricamente virtuosístico. Isso torna a missão de executar a obra um desafio grandioso. Neste disco, o violinista James Ehnes mostra por que é um dos grandes músicos da atualidade. É tudo medido e calaculado. Disco bastante bonito e imprescindível. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: I. Allegro non troppo (7:39)
02. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: II. Scherzando (4:12)
03. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: III. Intermezzo (6:15)
04. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: IV. Andante (6:07)
05. Lalo: Symphonie espagnole in D Minor, Op. 21: V. Rondo (8:12)
06. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: I. Allegro non troppo (8:18)
07. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: II. Andantino quasi allegretto (8:30)
08. Saint-Saëns: Concerto No. 3 in B Minor, Op. 61: III. Molto moderato e maestoso (10:21)
09. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: Introducción [Entr’acte before Act IV] (2:45)
10. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: I. Moderato (3:01)
11. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: II. Lento assai (2:19)
12. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: III. Allegro moderato (1:54)
13. Sarasate: Carmen Fantasy, Op. 25: IV. Moderato (2:30)

BBC Philharmonic

Juanjo Mena, regente
James Ehnes, violino

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sexta-feira, 28 de março de 2025

Jean Sibelius (1865-1957) - Symphonies Nos. 6 & 7, The Tempest

 

Sibelius é um compositor de cujas obras eu gosto bastante. Suas sinfonias são experiências sonoras de muito bom gosto. Hoje, por exemplo, fui para o meu trabalho aqui em Brasília ouvindo este disco. Enquanto estava no ônibus lotado (de pé), lendo uma biografia sobre o poeta Cruz e Souza, a música de Sibelius embalava os meus pensamentos. Sua Sexta se mostrava, naquele momento, absurdamente linda. 

A Sexta foi composta entre os anos de 1918 e 1923. Ela apresenta elementos dramáticos grandiosos. Há uma textura diáfana e um caráter decididamente introspectivo na obra. A paisagem é sutil e evocativa. Tudo bonito e carregado por uma atmosfera intensa. 

A Sinfonia No. 7 é do ano de 1924 e representa a culminação do amadurecimento do compositor. Diferentemente dos outros trabalhos sinfônicos do compositor, ela é composta em apenas um movimento. Já o opus 109 é a música incidental, baseado na obra de Shaskespeare. Vale lembrar que Beethoven escreveu uma das suas sonatas baseada na mesma obra do dramaturgo inglês, cujo nome também é "A tempestade". A música de "The Tempest, Op. 109" é evocativa e se divide em uma abertura, interlúdios e várias peças que retratam personagens e eventos da história. A condução excelente fica a cargo de  Santtu-Matias Rouvali. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) -

01. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: I. Allegro molto moderato - Poco tranquillo
02. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: II. Allegretto moderato - Poco con moto - Poco a poco meno piano - Tempo I
03. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: III. Poco vivace
04. Symphony No. 6 in D Major, Op. 104: IV. Allegro molto - Allegro assai - Doppio più lento
05. Symphony No. 7 in C Major, Op. 105
06. The Tempest, Op. 109: I. Largamente assai
07. The Tempest, Op. 109: II. Andante con moto
08. The Tempest, Op. 109: III. Allegretto grazioso
09. The Tempest, Op. 109: IV. Largo
10. The Tempest, Op. 109: V. Allegretto moderato
11. The Tempest, Op. 109: VI. Un poco con moto
12. The Tempest, Op. 109: VII. Allegretto
13. The Tempest, Op. 109: VIII. Poco con moto 

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Matias Rouvali, regente

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quinta-feira, 27 de março de 2025

Frédéric Chopin (1810-1849) - Études, Op. 10 & 25

 

Os "Estudos", de Chopin, são um dos conjuntos musicais mais bonitos e expressivos da história da música para piano. Densamente líricos e poéticos - como tudo o que o compositor polonês escreveu - as obras possuem dois números de opus - de número 10 (de 1830 a 1832) e 25 (de 1832 a 1836). Vale mencionar ainda que existem outras peças avulsas que podem ser classificadas como "estudos", mas sem número de opus. 

Essas obras do compositor inovaram a linguagem por causa dos seus padrões rítmicos desafiadores. Ao escrever essas obras, o compositor pretendia expandir as possibilidades técnicas do instrumento. Essas obras sintetizam algumas das características marcantes do compositor. Nessas obras ele não via a música para piano como algo mecânico, mas como algo que era capaz de revelar as emoções mais profundas do pianista. Sua linguagem densamente romântica e emotiva fornece aos estudos uma identidade singular. 

Obras como o Opus 10, No. 3 são uma das músicas mais sensíveis da história da música para o instrumento. Impossível ouvir e não se admirar. Mas, ao mesmo tempo, é possível verificar o quanto a escrita é desafiadora. Um outro exemplo extraordinário é o Opus, 10 No. 12 ("Revolucionário"), que exige uma capacidade singular do intérprete. A interpretação fica a cargo do saudoso Maurizio Pollini, morto em 23 de março de 2024. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Frédéric Chopin (1810-1849) - 

01. 12 Études, Op. 10: No. 1 in C Major (1:57)
02. 12 Études, Op. 10: No. 2 in A Minor "Chromatique" (1:27)
03. 12 Études, Op. 10: No. 3 in E Major "Tristesse" (4:14)
04. 12 Études, Op. 10: No. 4 in C-Sharp Minor (2:06)
05. 12 Études, Op. 10: No. 5 in G-Flat Major "Black Keys" (1:40)
06. 12 Études, Op. 10: No. 6 in E-Flat Minor (4:14)
07. 12 Études, Op. 10: No. 7 in C Major (1:34)
08. 12 Études, Op. 10: No. 8 in F Major (2:21)
09. 12 Études, Op. 10: No. 9 in F Minor (2:15)
10. 12 Études, Op. 10: No. 10 in A-Flat Major (2:07)
11. 12 Études, Op. 10: No. 11 in E-Flat Major "Arpeggio" (2:16)
12. 12 Etudes, Op. 10: No. 12 in C Minor "Revolutionary" (2:40)
13. 12 Études, Op. 25: No. 1 in A-Flat Major "Aeolian Harp" (2:26)
14. 12 Études, Op. 25: No. 2 in F Minor (1:30)
15. 12 Études, Op. 25: No. 3 in F Major (1:54)
16. 12 Études, Op. 25: No. 4 in A Minor (1:47)
17. 12 Études, Op. 25: No. 5 in E Minor (3:03)
18. 12 Études, Op. 25: No. 6 in G-Sharp Minor (2:03)
19. 12 Études, Op. 25: No. 7 in C-Sharp Minor (5:35)
20. 12 Études, Op. 25: No. 8 in D-Flat Major (1:10)
21. 12 Études, Op. 25: No. 9 in G-Flat Major "Butterfly" (1:04)
22. 12 Études, Op. 25: No. 10 in B Minor (4:18)
23. 12 Études, Op. 25: No. 11 in A Minor "Winter Wind" (3:38)
24. 12 Études, Op. 25: No. 12 in C Minor (2:27)

Maurizio Pollini, piano

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quarta-feira, 26 de março de 2025

Eugène Ysaÿe (1858-1931) - 6 Sonatas for Solo Violin, Op. 27

Eugène Ysaÿe foi um violinista e compositor belga, amplamente reconhecido pela contribuição ao repertório violinístico do século XX. As Seis Sonatas para violino solo são uma das páginas mais significativas da música do século passado. Compostas em 1923, as obras transbordam a influência de Bach. As sonatas foram dedicadas a seis violinistas famosos de sua época - Joseph Szigeti, Jacques Thibaud, George Enescu, Fritz Kreisler, Mathieu Crickboom e Manuel Quiroga. Cada uma delas procura abordar as características técnicas e estilísticas do violinista a quem foi dedicada.

O interessante é que o compositor, ao escrever as obras, buscou levar a escrita para violino solo a um novo patamar; incorporou influências da música de sua época, como cromatismos, acordes dissonantes e efeitos estendidos. Mencionam-se ainda influências impressionistas e folclóricas. A interpretação exige muito do violinista, pois são carregadas de virtuosismo, de lirismo e de grande carga dramática. Ao escrever as obras, o compositor olha para trás e isso pode ser percebido pela forte inclinação bachiana, mas, ao mesmo tempo, mostra-se atento ao momento histórico em que viveu. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Eugène Ysaÿe (1858-1931) -

01. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: I. Grave. Lento assai (5:21)
02. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: II. Fugato. Molto moderato (5:03)
03. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: III. Allegretto poco scherzoso. Amabile (5:15)
04. Sonata for Solo Violin No. 1 in G Minor, Op. 27: IV. Finale con brio. Allegro fermo (3:05)
05. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: I. Obsession. Prélude. Poco vivace - Meno mosso - Tempo vivo (2:27)
06. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: II. Malinconia. Poco lento (3:15)
07. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: III. Danse des ombres. Sarabande. Lento - Variation I - Variation II. Musette - V (5:05)
08. Sonata for Solo Violin No. 2 in A Minor, Op. 27: IV. Les Furies. Allegro furioso (3:38)
09. Sonata for Solo Violin No. 3 in D Minor, Op. 27: Ballade (7:13)
10. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: I. Allemanda. Lento maestoso (6:18)
11. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: II. Sarabande. Quasi lento (3:53)
12. Sonata for Solo Violin No. 4 in E Minor, Op. 27: III. Finale. Presto ma non troppo (3:18)
13. Sonata for Solo Violin No. 5 in G Major, Op. 27: I. L'Aurore. Lento assai (5:00)
14. Sonata for Solo Violin No. 5 in G Major, Op. 27: II. Danse rustique. Allegro giocoso molto moderato - Moderato amabile - Tempo pri (5:40)
15. Sonata for Solo Violin No. 6 in E Major, Op. 27: Allegro giusto non troppo vivo - Poco lento - Allegretto poco scherzando - Allegr (8:10)

Sergey Khachatryan, violino

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terça-feira, 25 de março de 2025

Felix Mendelssohn (1809-1847) - Paulus (St Paul), Op. 36

O oratório "Paulus", de Mendelssohn, foi composto entre os anos de 1834 e 1836. É uma obra bonita, elegante, imponente. A obra possui uma evidente influência dos oratório barrocos, sobretudo das composições de Bach e Handel. Mendelssohn buscou combinar os elementos do coral luterano e do estilo romântico. É tida como uma das escritas mais representativas da música religiosa do período romântico.

A obra é dividida em duas partes e procura descrever, conforme narra o livro de Atos dos apóstolos, Paulo antes e depois da conversão. Antes de se converter ao cristianismo e se tornar um dos nomes mais significativos da história da Igreja, essa importante figura era chamado de Saulo; era um ardoroso praticante do judaísmo, estando incluído no rol do partido dos fariseus, um das seitas mais radicais do seu tempo. Nesse período, Saulo era um algoz para os cristãos. A caminho de Damasco, quando era conduzido pela fúria e pelo ódio, ocorre um episódio espantoso, que o livro descreve como uma aparição de Jesus. Desse encontro dramático e decisivo encontro, resulta uma mudança na consciência do chamado 13º apóstolo. 

Na segunda parte da obra, descreve-se a pregação do apóstolo e os homéricos desafios para difundir a fé cristã. Paulo fundou igrejas, disseminou os ensinamentos de Jesus; elaborou revisionismos teológicos; foi preso, açoitado; enfrentou naufrágios e, dizem, foi morto em Roma, durante o governo do sanguinário Nero. Mendelssohn transforma essa história poderosa em música. Para isso,  utiliza corais majestosos, árias expressivas e uma orquestração rica, que acaba por criar um profundo envolvimento espiritual. É evidente a influência de Bach.

Do ponto de vista teológico-filosófico, a vida de Paulo aponta para mudança interior; ou seja, para uma guinada de perspectiva. A transformação interior, suscitada pela fé, redireciona o mais forte e inquebrável dos praticantes da fé judaica. Paulo explicita o quanto a fé em Cristo é capaz de provocar essa mudança. Mendelssohn, que tinha origem judaica e havia se convertido ao cristianismo, entendia muito bem o que havia se dado com o chamado apóstolo dos gentios e coloca nesse extraordinário oratório a força incandescente da vida de Paulo. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Felix Mendelssohn (1809-1847) -

DISCO 01

01. Part I - Overture
02. Part I - Chorus 'Herr! Der Du bist der Gott'
03. Part I - Chorale 'Allein Gott in der Hoh' sei Ehr'
04. Part I - Recitative 'Die Menge der Glaubigen' (Solo soprano, Basses I & II)
05. Part I - Chorus 'Dieser Mensch hort nicht auf zu reden'
06. Part I - Recitative and Chorus 'Und sie sahen auf ihn Alle' (Solo soprano, Stephen, Chorus)
07. Part I - Aria 'Jerusalem! Jerusalem, die du todtest die Propheten' (Solo soprano)
08. Part I - Recitative and Chorus 'Sie aber sturmten auf ihn ein' (Solo tenor, Chorus)
09. Part I - Recitative and Chorale 'Und sie steinigten ihn' (Solo tenor, Chorus)
10. Part I - Recitative 'Und die Zeugen legten ab' (Solo soprano)
11. Part I - Chorus 'Siehe, wir preisen selig'
12. Part I - Recitative and Aria 'Saulus aber zerstorte die Gemeinde' (Solo tenor, Saul)
13. Part I - Recitative and Arioso 'Ung zog mit einer Schaar gen Damaskus' (Solo contralto)
14. Part I - Recitative with Chorus 'Und als er auf dem Wege war' (Solo tenor, Chorus, Saul)
15. Part I - Chorus 'Mache dich auf, werde Licht!'
16. Part I - Chorale 'Wachet auf! ruft und die Stimme'
17. Part I - Recitative 'Die Manner aber die seine Gefahrten waren' (Solo tenor)
18. Part I - Aria 'Gott sei mir gnadig' (Paul)
19. Part I - Recitative 'Es war aber ein Junger zu Damaskus mit' (Solo tenor, Solo soprano)
20. Part I - Aria with Chorus 'Ich danke Dir, Herr mein Gott' (Paul, Chorus)
21. Part I - Recitative 'Und Ananias ging hin' (Solo soprano, Solo tenor)
22. Part I - Chorus 'O welch' ein Tiefe des Reichthums'

DISCO 02

01. Part II - Chorus 'Der Erdkreis ist nun Herrn'
02. Part II - Recitative 'Und Paulus kam zu der Gemeinde' (Solo soprano)
03. Part II - Duettino 'So sind wir nun Botschafter' (Barnabas, Paul)
04. Part II - Chorus 'Wie lieblich sied die Boten'
05. Part II - Recitative and Arioso 'Und wie sie ausgesandt' (Solo soprano)
06. Part II - Recitative with Chorus 'Da aber die Juden das Volk sah'n' (Solo tenor, Chorus)
07. Part II - Chorus and Chorale 'Ist das nicht, der zu Jerusalem' (Chorus, Quartet)
08. Part II - Recitative 'Paulus aber und Barnabas sprachen' (Solo tenor, Paul)
09. Part II - Duet 'Denn also hat uns der Herr geboten' (Paul, Barnabas)
10. Part II - Recitative 'Und es war ein Mann zu Lystra' (Solo soprano)
11. Part II - Chorus 'Die Gotter sind der Menschen gleich geworden'
12. Part II - Recitative 'Und nannten Barnabas Jupiter' (Solo soprano)
13. Part II - Chorus 'Seid uns gnadig, hohe Gotter!'
14. Part II - Recitative, Air and Chorus 'Da das die Apostel horten' (Solo tenor, Paul, Chorus, Second soprano)
15. Part II - Recitative 'Da ward das Volk erreget wider sie' (Solo soprano)
16. Part II - Chorus 'Hier ist der Herren Tempel!'
17. Part II - Recitative 'Und sie alle verfolgten Paulus' (Solo soprano)
18. Part II - Cavatina 'Sei getreu bis in den Tod' (Solo tenor)
19. Part II - Recitative 'Paulus sandte hin, und liess fordern' (Solo soprano, Paul)
20. Part II - Chorus and Recitative 'Schone doch deiner selbst!' (Quartet, Chorus, Paul, Solo tenor)
21. Part II - Chorus 'Sehet, welch' eine Liebe'
22. Part II - Recitative 'Und wenn er gleich geopfert wird' (Solo soprano)
23. Part II - Chorus 'Nicht aber ihm allein'

BBC National Orchestra of Wales
Richard Hickox, regente
Susan Gritton, soprano
Jean Rigby, mezzo-soprano
Barry Banks, tenor 

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segunda-feira, 24 de março de 2025

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) - String Quartets 16, 1 & 17


Mieczyslaw Weinberg tem aparecido por aqui, nestes últimos dias, com bastante recorrência. Desta vez, aparecem três quartetos de cordas. Ao longo de sua carreira, o compositor escreveu 17 no total. A escrita inicia no ano de 1937 e termina em 1986. Curiosamente, este disco traz o primeiro e o último quarteto. Uma boa oportunidade para se observar as variações, as gradações, no processo de mudança estilística do compositor.

O Quarteto de No. 1 foi composto em 1937, quando o compositor ainda se encontrava na Polônia. À época, o compositor tinha apenas com 18 anos de idade. Foi dedicado ao professor de piano do compositor. A obra demonstra as influências de Shostakovich, Mahler, Miaskovsky e Bartók. Já o Quarteto de No. 16, foi escrito em 1981 e coloca em primeiro plano o período tardio do compositor. Incorpora elementos de sobriedade, austeridade e introspecção. 

O Quarteto de No. 17 foi escrito em 1986. Sintetiza as técnicas que o compositor utilizou ao longo de sua prolífica carreira. Weinberg foi um compositor que se destacou pela profundidade emocional de suas obras. Sua obra camerística foi um campo de experimentações. Muitas das ideias aparecem em outras obras. A influência de Shostakovich é evidente nessas composições. Os dois alimentaram uma grande amizade. Admiravam-se mutuamente. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Mieczyslaw Weinberg (1919-1996) -

01 - String Quartet No. 16, Op. 130- I. Allegro
02 - String Quartet No. 16, Op. 130- II. Allegro - Andantino
03 - String Quartet No. 16, Op. 130- III. Lento
04 - String Quartet No. 16, Op. 130- IV. Moderato
05 - String Quartet No. 1, Op. 2- I. Allegro comodo
06 - String Quartet No. 1, Op. 2- II. Andante tranquillo
07 - String Quartet No. 1, Op. 2- III. Allegro molto
08 - String Quartet No. 17, Op. 146

Silesian Quartet

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Enrique Granados (1867-1916) - Goyescas e Albéniz (1860-1909) - Iberia


Um disco bastante agradável. Bom para ser escutado a qualquer momento. Traz duas obras de compositores espanhóis. A primeira delas é "Goyescas", obra esta cuja escrita se deu entre os anos de 1909 e 1911. A obra é composta por uma série de seis peças para piano solo. É inspirada na pintura e no universo de Francisco Goya, refletindo a Espanha do século XVIII por meio de uma sonoridade profunda e rica em expressividade. O compositor usou harmonias refinadas e sofisticadas ornamentações para evocar a dramaticidade da obra de Goya. É uma das obras mais bonitas e importantes do repertório pianístico da música espanhola. 

Já a segunda obra do disco - "Iberia" - de Albéniz, composta entre os anos de 1905 e 1909. Trata-se de uma coleção de doze peças e é dividida em quatro cadernos; é uma verdadeira celebração à Espanha, especialmente a região da Andaluzia. O compositor mistura elementos do folclore espanhol com os sofisticados matizes do impressionismo; utiliza harmonias inovadoras, ritmos flamencos e um virtuosismo impressionante. O resultado é uma obra de grande beleza. 

Quando escreveu a obra, Albéniz já se encontrava bastante debilitado. No ano em que a terminou a obra, faleceu. A música teve uma forte influência sobre os compositores franceses. Vale mencionar os nomes de Debussy e Ravel, que admiravam a abordagem harmônica de traduzir para o piano a sonoridade espanhola do compositor. Não deixe de ouvir esse bonito disco. Uma boa apreciação!

DISCO 01

01 - Goyescas - 'Los majos enamorados' - I. Los Requiebros
02 - II. Coloquio en la reja
03 - III. El fandango de Candil
04 - Quejas, o la maja y el ruisenor
05 - V. El amor y la muerte
06 - VI. Epilogo
07 - Iberia - 1er Cahier - I. Evocation
08 - II. El puerto
09 - III. El corpus Christi en Sevilla

DISCO 02

01 - Iberia - 2e cahier - IV. Rondena
02 - V. Almeria
03 - VI. Triana
04 - 3e cahier - VII. El albaicin
05 - VIII. El polo
06 - IX. Lavapies
07 - 4e cahier - X. Malaga
08 - XI. Jerez
09 - XII. Eritana

Aldo Ciccolini, piano

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domingo, 23 de março de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - The Symphonies

Frans Brüggen faleceu em 2014. O maestro holandês foi um incansável mestre à procura do som que tornasse exato aquilo que o compositor de determinada obra imaginou, pensou criar. Sua maravilhosa Orchestra of the Eighteenth Century trouxe à vida a música de vários compositores dos períodos clássico e romântico. A Orquestra foi fundada em 1981. 

Beethoven foi uma das suas especialidades. Ao usar instrumentos de época, o maestro procurava captar as paisagens orquestrais e transformá-las em música tal qual as cores pensadas para determinado período. O que impressiona ainda é o fato de as nove sinfonias terem sido gravadas ao vivo, o que reforça ainda mais o desejo de tornar a música de Beethoven mais viva. Trata-se de um registro, no mínimo, para se ouvir com muita atenção a fim de capturar certas nuances da música do compositor alemão. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação. 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -

DISCO 01


Symphony no. 1 in C major (Opus 21, 1800)
01. Adagio molto – Allegro con brio
02. Andante
03. Menuetto: Allegro molto e vivace
04. Finale: Allegro molto e vivace

Symphony no. 3 in E flat major, ‘Eroica’ (Opus 55, 1804)

05. Allegro con brio
06. Marcia funebre: Adagio assai
07. Scherzo: Allegro vivace
08. Finale: Allegro molto

DISCO 02


Symphony no. 2 in D major (Opus 36, 1802)
01. Adagio molto – Allegro con brio
02. Larghetto quasi andante
03. Scherzo: Allegro
04. Allegro molto

Symphony no. 4 in B flat major (Opus 60, 1806)
05. Adagio – Allegro vivace
06. Adagio
07. Allegro vivace
08. Allegro ma non troppo

DISCO 03

Symphony no. 6 in F major (Opus 68, 1806-1808)
01. Allegro ma non troppo: ‘Erwachen heiterer Empfindungen bei der Ankunft auf dem Lande’
02. Andante molto mosso: ‘Szene am Bach
03. Allegro: ‘Lustiges Zusammensein der Landleute
04. Allegro: ‘Gewitter, Sturm
05. Allegretto: ‘Hirtensang, frohe und dankbare Gefühle nach dem Sturm’

Symphony no. 5 in C minor (Opus 67, 1808)

06. Allegro con brio
07. Andante con moto
08. Allegro
09. Allegro

DISCO 04

Symphony no. 8 in F major (Opus 93, 1812)
01. Allegro vivace e con brio
02. Allegretto scherzando
03. Tempo di menuetto e trio
04. Allegro vivace

Symphony no. 7 in A major (Opus 92, 1812)
05. Poco sostenuto – Vivace
06. Allegretto
07. Presto – Assai meno presto
08. Allegro con brio

DISCO 05

Symphony no. 9 in D minor (Opus 125, 1824)

01. Allegro ma non troppo, un poco maestoso
02. Molto vivace
03. Adagio molto e cantabile
04. Presto
05. ‘O Freunde, nicht diese Töne!’
06. Allegro assai: ‘Ode an die Freude
07. Alla marcia: Allegro vivace assai
08. Andante maestoso – Adagio non troppo ma divoto
09. Allegro energico, sempre ben marcato
10. Allegro ma non tanto

Orchestra of the Eighteenth Century
Frans Brüggen, regente
Rebecca Nash, soprano
Wilke te Brummelstroete, mezzo-soprano
Marcel Beekman, tenor
Michael Tews, baixo

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sábado, 22 de março de 2025

Jazz - The Modern Jazz Quartet - Reissue (1952)

 

O Modern Jazz Quartett ou, simplesmente, MJQ, foi um grupo de jazz estadunidense que esteve ativo entre os anos de 1952 e 1997. Era conhecido pela fusão única de jazz com elementos da música clássica, bebop e blues.  

Este disco é bastante curioso, pois apenas quatro das composições pertencem ao MJQ na sua formação definitiva e independente de 1952. As outras oito faixas foram gravadas no verão de 1951, quando o grupo ainda era conhecido como Milt Jackson Quartet, com Jackson responsável por todo o material original. 

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. Softly, As In A Morning Sunrise (3:29)
02. Love Me Pretty Baby (3:39)
03. Autumn Breeze (2:57)
04. Milt Meets Sid (3:08)
05. Moving Nicely (3:15)
06. D & E (2:57)
07. Heart And Soul (2:32)
08. True Blues (3:01)
09. Bluesology (2:48)
10. Yesterdays (2:34)
11. Round About Midnight (2:59)
12. Between The Devil And The Deep Blue Sea (2:35)

Vibraphone – Milt Jackson
Piano – John Lewis
Bass – Percy Heath
Drums – Kenny Clarke

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) - The Last 6 Symphonies

 

As seis últimas sinfonias de Mozart revelam a plenitude da maturidade artística do compositor. Nela, percebemos a genialidade do austríaco. Escritas entre os anos de 1782 e 1788, essas obras apontam a diversidade estilística, o domínio técnico e a profundidade filosófica do compositor.

A Sinfonia No. 35, conhecida como "Haffner" por levar o nome da família Haffner de Salzburgo, destaca-se pelo brilho orquestral e pelo caráter festivo. A Sinfonia No. 36, conhecida como "Linz", foi composta em um curto período de quatro dias. Na ocasião, Mozart encontra-se nessa cidade. Caracteriza-se pela incomum introdução lenta do primeiro movimento, algo bem diverso de suas sinfonias anteriores. 

Já a Sinfonia No. 38, conhecida como "Praga", foi composta em 1786. Possui esse nome, pois homenageia a cidade de Praga, onde o compositor gozava de grande prestígio. Curiosamente, a composição possui apenas três movimentos, o que indica um padrão inovador. A Sinfonia No. 39 entra na tríade das sinfonias compostas em 1788. A obra possui um padrão nobre, caloroso. A presença dos clarinetes confere um efeito especial à instrumentação. 

A Sinfonia No. 40, talvez o mais conhecido trabalho sinfônico do compositor, destaca-se pelo caráter expressivo e melancólico. É uma obra que possui um lirismo, uma paixão, um drama implícito. Já a Sinfonia No. 41, conhecida como "Júpiter", é uma obra digna da grandiosidade de Mozart. Trata-se de obra de requintada sofisticação. Ela evoca o heroico, o faustoso; possui uma atmosfera envolta por um delicado lirismo. Por essas características recebeu o nome de "Júpiter". 

Estas seis sinfonias são verdadeiras obras-primas. É o legado de um gênio para a humanidade. Não deixe de ouvir. Regência de Bruno Walter. Uma boa pareciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) -

DISCO 01

Symphony No. 35 in D Major, K. 385 “Haffner”
01. I. Allegro Con Spirito
02. II. Andante
03. III. Menuetto
04. IV. Presto

Symphony No. 36 in C Major, K. 425 “Linz”
05. I. Adagio; Allegro Spiritoso
06. II. Poco Adagio
07. III. Menuetto
08. IV. Presto

Symphony No. 41 in C Major, K. 551 “Jupiter”

09. I. Allegro Vivace
10. II. Andante Cantabile
11. III. Menuetto: Allegretto
12. IV. Allegro Molto

DISCO 02

Symphony No. 38 in D Major, K. 505 “Prague”
01. I. Adagio; Allegro
02. II. Andante
03. III. Finale: Presto

Symphony No. 39 in E-flat Major, K. 543
04. I. Adagio; Allegro
05. II. Andante
06. III. Menuetto: Allegretto
07. IV. Finale: Allegro

Symphony No. 40 in G Minor, K. 550
08. I. Allegro Molto
09. II. Andante
10. III. Menuetto: Allegretto
11. IV. Allegro Molto

Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter, regente

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sexta-feira, 21 de março de 2025

Nikolay Myaskovsky (1881-1950) - Violin Concerto in D minor, Op. 44 e Mieczyslaw Vainberg (1919-1996) - Violin Concerto in G minor, Op. 67


Neste disco, há dois concertos para violino. O primeiro deles é de Nikolay Myaskovsky. Foi escrito entre os anos de 1938 e 1939. Vale mencionar que o compositor foi um dos mais prolíficos compositores do século XX. Seu Op. 14 possui uma expressividade melódica, características líricas profundas e estrutura tradicional. Diferente da abordagem de seus contemporâneos, o compositor adota um estilo mais romântico; as melodias são amplas, com forte caráter romântico.
 
Vainberg foi um compositor polonês-soviético. Sua música reflete a fusão de influências russas e judaicas. Seu Op. 59 foi composto em 1959; é uma peça intensa e dramática. É marcada por um delicado lirismo e grande profundidade emocional. O holocausto e a repressão soviética foram eventos que marcaram profundamente o compositor. Neste concerto, nota-se uma grande variedade de sentimentos que vão da angústia ao otimismo contido e resiliente. É uma obra bonita.

Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

01. 01. Myaskovsky - Violin Concerto in D minor, Op. 44 - I. Allegro ed appassionato
02. 02. Myaskovsky - Violin Concerto in D minor, Op. 44 - II. Adagio molto cantabile
03. 03. Myaskovsky - Violin Concerto in D minor, Op. 44 - III. Allegro molto
04. 04. Vainberg - Violin Concerto in G minor, Op. 67 - I. Allegro molto
05. 05. Vainberg - Violin Concerto in G minor, Op. 67 - II. Allegro animato
06. 06. Vainberg - Violin Concerto in G minor, Op. 67 - III. Adagio
07. 07. Vainberg - Violin Concerto in G minor, Op. 67 - IV. Allegro risoluto

Russian Philharmonic Orchestra
Dmitry Yablonsky, regente
Ilya Grubert, violino

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quinta-feira, 20 de março de 2025

Andrzej Panufnik (1914-1991) - Metasinfonia, for organ, timpani & strings e Universal Prayer


Andrzej Panufnik foi um importante compositor polonês. Sua obra reflete muito das tradições de seu país. Além de compositor, foi regente e pianista. Após a Segunda Guerra, insatisfeito com as restrições impostas pelo regime comunista, mudou-se para Inglaterra, onde viveu até o ano de sua morte, em 1991. Neste disco, encontramos duas importantes obras de seu repertório. 

A "Metasinfonia" foi escrita em 1978. A obra é bonita e desafiadora. Possui texturas ricas e contrastantes. A obra coloca o órgão como instrumento solo, criando um diálogo intenso com as cordas. Ao escrever a obra, Panufnik estava à procura de novas sonoridades. A segunda obra do disco - a "Universal Prayer" - foi composta entre os anos de 1968 e 1969. Trata-se de uma obra coral-sinfônica, cuja finalidade é promover uma visão ecumênica e espiritual, buscando uma mensagem de unidade e paz entre as religiões. A obra combina vários elementos de tradições religiosas, buscando uma expressão universal de fé e humanidade. 

Não deixe de ouvir. Uma apreciação!

Andrzej Panufnik (1914-1991) -

01. Metasinfonia, for organ, timpani & strings
02. Universal Prayer

London Symphony Orchestra

Andrzej Panufnik, regente
Leopold Stokowski, regente

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quarta-feira, 19 de março de 2025

Ludwig van Beethoven (1770-1827) - Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 "Eroica" e Etienne-Nicolas Méhul (1763-1817) - Les Amazones ou La Fondation de Thèbes: Overture


A Sinfonia No. 3, de Beethoven, talvez seja uma das obras mais carregadas de intenções revolucionárias da história da música ocidental. Composta entre os anos de 1803 e 1804, evidencia o perfil romântico e idealista de Beethoven. Ela por assim dizer inicia aquilo que se convenciona como fase romântica na música. 

O compositor, ao escrever a música, passava por uma fase de grandes transformações políticas e pessoais. Beethoven via na figura de Napoleão um libertador. Era um nome que encarnava os ideias de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa. E, dessa forma, dedicou a obra a Bonaparte. Todavia, ao saber que Napoleão havia se autoproclamado imperador, Beethoven rasgou a dedicatória e escreveu a famosa frase: "Sinfonia Heroica, escrita para celebrar a memória de um grande homem". A obra estreou em 1805. 

A Eroica é um grande documento musical. Ela não representa apenas uma obra com estrutura previsível como era feito no classicismo. A obra transcende a mera forma musical e se transforma numa espécie de metáfora da contestação, da luta, do não conformismo político. Ao apontar para Napoleão, ela fala mais de quem a criou do que de quem ela diz homenagear. É uma verdadeira obra-prima do gênio de Beethoven. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -  

01. Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 "Eroica": I. Allegro con brio (15:58)
02. Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 "Eroica": II. Marcia funebre. Adagio assai (14:28)
03. Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 "Eroica": III. Scherzo. Allegro vivace - Alla breve - Tempo primo (5:29)
04. Symphony No. 3 in E-Flat Major, Op. 55 "Eroica": IV. Finale. Allegro molto - Poco andante - Presto (10:59)
05. Les Amazones ou La Fondation de Thèbes: Overture. Adagio - Allegro agitato (7:19)

Les Siècles
François-Xavier Roth, regente

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terça-feira, 18 de março de 2025

Krzysztof Penderecki (1933-2020) - Te Deum, Hymne an den heiligen Daniel, Polymorphia e Polskie Requiem Chaconne

 

Um disco de linguagem poderosa e simbolicamente efetiva. A primeira obra do disco é o famoso "Te Deum", composta em 1980. O "Te Deum" é uma composição que evoca a transcendência e exaltação espiritual, e procura equilibrar lirismo e um caráter austero. No caso em questão, Penderecki escreveu essa obra para comemorar a eleição de João Paulo II para o papado. Vale mencionar que os dois eram poloneses. A escrita da obra ressalta o lado religioso do compositor. Penderecki possui um número expressivo de obras religiosas.

"Hymne an den heiligen Daniel" foi composta em 1974, em um período em que o compositor passava por um processo de transição sonora. A obra procura refletir um misticismo sonoro ao experimentar uma série de texturas e elementos modais. A obra procura criar uma atmosfera de contemplação e espiritualidade. 

A "Polymorphia", composta em 1961, é a obra mais etérea e abstrata do disco. A música nos posiciona diante do caos inaugural, diante da imprevisibilidade da própria realidade. Embora não tenha caráter religioso, a obra é uma reflexão filosófica sobre a complexidade da existência humana e as possibilidades aleatórias das formas que compõem a própria vida. Não deixe de ouvir esse desafiante disco do compositor polonês. Uma boa apreciação!

Krzysztof Penderecki (1933-2020) -

01 - Te Deum - I
02 - Te Deum - II
03 - Te Deum - III
04 - Hymne an den heiligen Daniel
05 - Polymorphia
06 - Polskie Requiem Chaconne

Warsaw National Philharmonic Orchestra
Warsaw National Philharmonic Choir

Antoni Wit, regente

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